quarta-feira, 15 de abril de 2009

TGA I - Resumo: Inclusão Sem Tamamho

Em diferentes pontos da cidade, mulheres associam-se a cooperativas para buscar a independência financeira e resgatar a autoestima, através das máquinas de costura, agulha, linha e tesoura. A Secretaria de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia apóia e repassa recursos para cooperativas de todo o país e no DF tem acompanhado 50 delas. As donas de casa realizam seus trabalhos em casa, sem prejuízo da formação dos filhos, sendo que 80% delas tem renda mensal satisfatória.
Cada vez mais as cooperativas participam de eventos da moda, como na edição pocket do Capital Fashion Week, realizado neste mês na cidade. Os grupos contam com apoio de especialistas para tocar seus projetos, é o caso do Talentos do Brasil, iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Bem Me quero, apoiada pela UNB. Com espaço aberto nas edições anteriores do CFW, as cooperadas tem tido bons resultados, com vendas não só no evento, mas também para a Europa. Com estilo simples, as peças criadas, costuradas e bordadas de forma artesanal tem feito das brejeiras, grupo de 14 mulheres que formam a Maria Brejeira, um sucesso que além de estar tirando elas do marasmo, elevam sua autoestima, apesar do salário não ser dos mais atrativos, em média atingem R$ 500,00. Na cidade o SEBRAE apóia alguns grupos, com instruções que podem durar cerca de dois anos, com ensinamentos de estratégias de acesso ao mercado, passando por aulas de empreendedorismo, conseqüência disso é que muitas das cooperadas melhoram sua relação social e familiar, muitas voltam até a estudar.
Com a escassez de costureiras no mercado do DF, vem sendo o principal problema enfrentado pelas empresas do vestuário da cidade, apesar de ter perdido, no quesito faturamento, apenas para o Setor de Tecnologia da Informação. A razão para o desinteresse deste profissional está relacionado ao salário. O piso da categoria está em R$ 495,00. Com pouca atração financeira o quadro de pessoal na maioria são donas de casa, com baixa escolaridade e ingresso tardio ao mercado de trabalho. Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelas costureiras que realizam o curso no SENAI é a de que os empresários participam pouco na formação do profissional, pois a pessoa que faz o curso pela manhã não faz nada à tarde, já que ela não é chamada para um estágio no período.

MENDES, Priscila; Souza, Carmen. Inclusão Sem Tamanho. Correio Braziliense. Brasília, 22 mar. 2009. Caderno Trabalho & Formação Profissional, p. 1 e 3.

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