quinta-feira, 2 de abril de 2009

TGA I - Trabalho: Resumo sobre a Introdução à TGA

A Teoria Geral da Administração “é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo da administração geral, não se preocupando onde ela seja aplicada, se nas organizações lucrativas (empresas) ou se nas organizações não-lucrativas“ (p. 2). Sua tarefa básica é fazer as coisas por meio das pessoas, com os melhores resultados, dirigindo o esforço dos grupos organizados. A TGA é uma área nova e recente do conhecimento humano, chamada de Ciência da Administração, surgiu no início do século XX, influenciada pelos filósofos, Igreja Católica, organização militar e por economistas liberais.
Os primeiros trabalhos a respeito da Administração desenvolveu-se na Abordagem Clássica, através do americano Frederick Winslow Taylor que iniciou a chamada Escola da Administração Científica, preocupada em aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho do operário.
Já o europeu Henri Fayol desenvolveu a chamada Teoria Clássica, que preocupava-se em aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração em bases científicas.
A Abordagem Humanística surgiu graças ao desenvolvimento das ciências sociais, notadamente a Psicologia. Ela faz com que a preocupação com a máquina, com método de trabalho, com a organização formal e com os princípios de Administração cedam prioridade para a preocupação com as pessoas e os grupos sociais, sendo a dinâmica de grupo e o profundo interesses sobre os grupos informais os aspectos típicos da Escola das Relações Humanas.
A Abordagem Neoclássica teve seu início na década de 1950, com a necessidade de se utilizar os conceitos válidos e relevantes da Teoria Clássica, expurgando-os dos exageros e distorções típicos do pioneirismo e condensando-os com outros conceitos válidos e relevantes oferecidos por outras teorias administrativas mais recentes. Enfatiza as funções do administrador como o planejamento, a organização, a direção e o controle.
Na Abordagem Estruturalista teve o primeiro teórico, o sociólogo alemão Max Weber, que estudou as organizações sob um ponto de vista estruturalista, dando o nome de burocracia e considerou o século XX como o século das burocracias, pois achava que essas eram as organizações características de uma nova época, plena de novos valores e de novas exigências. As características da burocracia são: caráter legal, formal e racional, impessoalidade, hierarquia, rotinas e procedimentos padronizados, competência técnica e meritocracia, especialização, profissionalização e completa previsibilidade do funcionamento. Já a Teoria Estruturalista inaugura os estudos a respeito do ambiente dentro do conceito de que as organizações são sistemas abertos em constante interação com seu contexto externo, que até então havia se confinado aos estudos dos aspectos internos da organização dentro de uma concepção de sistema fechado.
A abordagem comportamental - também chamada behaviorista - marca a mais forte influência das ciências do comportamento na teoria administrativa e a busca de novas soluções democráticas, humanas e flexíveis para os problemas organizacionais. A Teoria Comportamental enfatiza o Processo Decisório, pois todo indivíduo é um tomador de decisão, baseando-se nas informações que recebe do seu ambiente, processando-as de acordo com suas convicções e assumindo atitudes, opiniões e pontos de vista em todas as circunstâncias, já que a organização é vista como um sistema de decisões, em que todos se comportam racionalmente apenas em relação a um conjunto de informações que conseguem obter a respeito de seus ambientes.
Por volta da década de 1950, o biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy elaborou uma teoria interdisciplinar denominada Teoria Geral dos Sistemas, permitindo a eliminação de suas fronteiras e o preenchimento dos espaços vazios entre elas. Baseada na compreensão da dependência recíproca de todas as disciplinas e da necessidade de sua integração. A TGS permitiu o surgimento da Cibernética e desaguou na TGA redimensionando totalmente suas concepções e revolucionando o pensamento administrativo, que passou a pensar sistemicamente. Constituída por três segmentos: Tecnologia e Administração, Teoria Matemática da Administração e Teoria de Sistemas.
A Abordagem Contingencial salienta que não se alcança a eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, são as características ambientais que condicionam as características organizacionais. A Teoria da Contingência parte para novos modelos organizacionais mais flexíveis e orgânicos, como a estrutura matricial, a estrutura em redes e a estrutura em equipes. Também enfatiza o modelo do homem complexo e abordagens contingenciais sobre motivação e liderança.
A teoria administrativa está atravessando um período de intensa e profunda revisão e crítica. Na Era da Informação surgem soluções emergentes no intuito de reduzir o diferencial entre as práticas administrativas e as exigências de um ambiente turbulento e instável. A teoria da complexidade e a teoria do caos estão revolucionando tanto a ciência moderna, como a Administração. A Administração está sendo considerada como o principal fator de desenvolvimento, já que constitui a ferramenta básica que capacita as organizações a gerar resultados e produzir o desenvolvimento econômico e social.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: Sétima Edição, Totalmente Revista e Atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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